Orisà feminino da águas e rios.
Seu nome deve-se à contração do prefixo “O” (de oluwá=senhor (a) e o sufixo “sun” = nascente, olho d’água).
Então na realidade significa SENHORA DAS NASCENTES.
Òsún é originária da cidade de Osogbó, na Nigéria.
É o orisà do útero materno e do óvulo.
Rainha de todas as riquezas,protetora das crianças, mãe da doçura e da benevolência.
É a dona da fecundidade das mulheres, a dona do grande poder feminino.
O poder de Òsún é tão grande que ela é capaz de engolir a força negativa (ajé).
O ovo, símbolo de gestação, fertilidade e criação, que pertence a ela, é a única coisa que quebra o ajé.
Tudo que simboliza Òsún remete a idéia de fecundidade.
Os peixes ou os pássaros, por meio de suas escamas e pena, evocam a multidão dos seus descendentes. O ovo é símbolo de gestação.
Òsun protege as mulheres parturientes e seus bebês (até que adquiram domínio sobre um idioma e personalidade própria, passando assim para os cuidados de Yemonjà).
O leque (abebe) é comum a todas as qualidades de Òsún.
Embora seja símbolo de vaidade dessa deusa, muitas vezes é usado como arma de guerra; Òsún colocando-o contra o sol ofusca seus inimigos.
Portanto os maiores domínios de Òsún são a maternidade, a fertilidade, o amor, a sensualidade, a beleza e o cuidado com as crianças.
Na natureza manifesta-se nas águas doces e cristalinas de rios, lagoas, nascentes e cachoeiras.
É com essa água que cura os doentes, que trata os males do amor.
Contudo, um rio de aparência calma pode esconder perigos, armadilhas,correntezas, buracos, redemoinhos. Não se deve brincar com a água, não se pode afrontar Òsún.
Òsún é o poder do nascimento dentro do Candomblé, quando o neófito recebe o osú, tornando-se adosú, ou seja “aquele que possui osú”.
Nesse momento se abre o canal pelo qual o orisà será fixado na cabeça do filho-de-santo.
Òsún é evocada nos atos restritos do quarto de santo (hunkò) e nas festividades publicas da iniciação, ou seja, na saída de yawo.
