Sou Desendente do Àsé Portão

OYÀ

OYÀ


- Divindade yorubana dos ventos,
- dos raios, das tempestades e dos mortos.
Era prima e esposa de Sàngó, viveu em 1400 a.C., Nascida na cidade de Irá (Nigéria).
Controla as almas e o culto de Eguns.
O maior e mais importante rio da Nigéria chama-se Níger, é imponente e atravessa todo o país, esse rio é conhecido como Odo Oya, já que ya em yoruba significa rasgar espalhar.
Esse rio é a morada da mulher mais poderosa da África negra, a mãe dos nove, Yià Mésàn ,Yánsàn.
Oyà nasce da água e do fogo (elementos contraditórios), da tempestade, do raio, é a filha do fogo_Omo Iná.
A tempestade, é o poder manifesto de Oyà, rainha dos raios, das ventanias, do tempo que fecha sem chover.
Oyà é uma guerreira por vocação.
Comanda os ventos e as forças dos elementos, o estrondo do trovão anuncia a chegada da tempestade, anuncia a chegada de Oyà.
O vento é seu grande domínio, pois o ar em movimento é sinônimo de fogo, já que o vento propaga as chamas e sem ar o fogo, simplesmente morre.
A morte e seus mistérios , não assustam Oyà, Senhora dos Eguns.
Foi Oyà quem teceu a roupa de Egun, ela conhece o segredo, sabe o que há em baixo do pano, por isso Egúngún respeita sua rainha, sua mãe Oyà, a única que pode revelar o mistério da morte e do renascimento.
O numero nove é sagrado para Oyà.
Nove são as qualidades de Oyà.
Nove são os espaços do Orun.
Oyà não podia ter filhos, mas teve nove depois de sacrificar um carneiro.
E em sinal de respeito, por ter seu pedido atendido, Yánsàn, a mãe dos nove filhos, nunca mais comeu carneiro, por isso as casas que têm ligação com Oyà não derrubam esse animal (agutan).
Oyà usava seus encantos e sedução para adquirir poder, por isso entregou-se a vários homens, deles recebendo algum presente.
Com Ògún casou-se e teve nove filhos e adquiriu o direito de usar a espada em sua defesa e dos demais.
Com Osogyian, adquiriu o direito de usar o escudo, para proteger-se dos inimigos.
Com Esu, adquiriu os direitos de usar o poder do fogo e da magia, para realizar os seus desejos e os de seus protegidos.
Com Odè , aprendeu a caçar, para suprir-se de carne e a seus filhos.
Com os ensinamentos que ganhou de Esu usou de sua magia para transformar-se em búfalo, quando ia a defesa de seus filhos.
Com Logunèdè, adquiriu o direito de pescar e tirar dos rios os frutos d’água.
Com Omolu Oyà divide o mundo dos mortos, ele fez de OYÀ A Rainha dos espíritos dos mortos, ela usa o Irukeré, o espanta mosca com que afasta os eguns para o outro mundo.
Rainha Oyà Igbalé, a condutora dos espíritos.
Com Sàngó, adquiriu o poder de encantamento, o posto da justiça e o domínio dos raios.
Dos nove filhos que nasceram de Oyà ,oito eram mudos, ela procurou o babalawo e fez oferendas, tempos depois nasceu um filho que não era mudo, mas tinha uma voz estranha, rouca, profunda, cavernosa.
Esse filho foi Egúngún, o antepassado que fundou cada família, o ancestral que fundou cada cidade, o nono filho de Oyà!
Quando Egúngún volta para dançar entre seus descendentes, usando suas ricas mascaras e roupas coloridas ele se curva somente diante de Oyà.
Todos aqueles que morrem, tem seus espíritos levados ao Orun por OYÀ.
Antes porém devem ser homenageados por seus entes queridos, numa festa com comidas, cantos e danças (Asésé) esse ritual foi criado por OYÀ.

 

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