Sou Desendente do Àsé Portão

YEMONJÀ

YEMONJÀ

Orisà yorubano da concepção e da maternidade.
É filha de Oduduwa com Olókùn .
Deusa das marés, da foz dos rios (pororoca). Ye = Mãe, Omo = Filha, Ejá= Peixe = Mãe filha do peixe.

Foi lhe dado o governo do litoral.
Ela é a rainha de todas as águas do mundo, seja das águas doces do rio, seja das águas do mar.
Na África era cultuada pelos egbá, nação yorubá da região de Ifè e Ibadan onde se encontra o rio Yemonjà.
Esse povo se transferiu para a região de Abeokutá levando consigo os objetos sagrados da deusa, que foram depositados no rio Ògún.
Yemonjà é a água que não se prende, é a água que se estende na amplidão, que une os povos.
Nem o poderoso rei de Ifè, Olofin, conseguiu manter Yemonjà perto de si.
Ela é o espelho do mundo, que reflete todas as diferenças.
Yemonjà sintetiza o instinto de mãe, não aquela que dá à luz, mas a que está ligada à educação dos filhos, à casa e à família.
É capaz de transformar a criança que menos promete em um grande guerreiro, como fez com Omolu, que foi abandonado por sua verdadeira mãe, Nana, Yemonjà alem de curá-lo, fez dele um grande guerreiro e hábil caçador de brilho tão intenso quanto o do sol.
Divide com Osun o domínio sobre a maternidade, mas ela não é a mãe das crianças, mas dos jovens e adultos que já formaram personalidade e individualidade. Sua função é a maternidade como orientadora.
Da união de Yemonjà a água, com Aganjù a terra firme, nasceu Orungan, que nutriu pela mãe incestuoso amor.
Um dia , aproveitando-se da ausência do pai, Orungan raptou e violou Yemonjà .
Aflita e entregue a total desespero , ela desprendeu-se dos braços do filho incestuoso e fugiu.
Orungan a perseguiu, Yemonjà caiu desfalecida e cresceu-lhe desmensuradamente o corpo, como se suas formas se transformassem em vales, montes, serras, de seus seios enormes como montanhas nasceram dois rios, que adiante se reuniram numa só lagoa, originando o mar

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